quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Rodrigo Passos



Festa anual da arte e artistas de Presidente Prudente e região
Clube do Meio Artístico - 2008 - Realizado nos dias 13 a 16 de Novembro de 2008, no Centro Cultural Matarazzo
Produtor: Jotacê Cardoso
Organizadora: Nelma Mélo
Quem quiser, clique aí no título e veja todas as fotos do evento


Rodrigo Passos tem 26 anos, nascido na cidade de Presidente Prudente no interior de São Paulo, autodidata por excelência, foi para São Paulo cursar a faculdade de Belas Artes, mas se decepcionou quando percebeu ser preciso ter mais dinheiro que talento para concluir o curso superior. Reside atualmente em Presidente Prudente. Curioso por natureza, está sempre em busca das novas mídias para expressar a sua Arte, mas sem perder a conexão com o passado e o presente. As obras de Rodrigo Passos expostas em questão, retratam a cantora Madonna através da Pop Art difundida nos anos 60 e tendo como grande referência Andy Warhol. Cores fortes demarcam e preenchem o fundo e o rosto da personalidade de forma a parecer um produto a ser consumido e explorado. Algo que chama a atenção não pela sua essência em si, mas por ser maquiado e fazer parte da cultura americanóide consumista e sempre ávida por novidades no fútil mundo do entretenimento pré-fabricado. Rodrigo Passos escolheu a cantora Madonna por se tratar de alguém que está a quase três décadas em evidência e se colocando na prateleira do marketing para difundir o seu trabalho como performer. Ora genuína em seu talento, ora programada como um robô, Madonna exerce o fascínio em seu público escondendo os seus defeitos e a sua eminente velhice. São três trabalhos mostrando três fases. Em “MacDonna”, o seu sorriso de satisfação por estar sendo fotografada revela como uma celebridade realmente gosta de estar em evidência. O ego de uma Pop Star ou de uma pessoa com fama absoluta pode ser tão grande a ponto de se comparar a divindades. Como no caso dos Beatles, onde John Lennon em uma entrevista declarou que sua banda era mais conhecida que Jesus Cristo. A foto de “MacDonna” reflete um momento de satisfação pessoal, pois ela estava sendo fotografada no American Music Awards de 1984. Muitos paparazzi ainda estava descobrindo a até então jovem cantora.
Em “Lucy in the Sky”, Madonna aparece numa cena do filme experimental de 1992 “Dangerous Game” (Olhos de Serpente). Sempre massacrada pela crítica no seu trabalho como atriz, muitas teorias nasceram para explicar porque ela é tão mal sucedida nas telas de cinema. A mais plausível é porque não tem capacidade de interpretar outro personagem do que a si própria. Vale ressaltar que o talento de Madonna vai além de sua capacidade de aparição, polêmicas ou fofocas de tablóides. O seu carisma e sua forte presença de palco compensam e conquistam muitos exigentes consumidores.
Em “Lady Madonna”, uma foto do backstage do Europe Music Awards de 2005 ganha proporções gigantescas e confirma o look anos 70 explorada por ela na época. Em cada show, em cada clip, uma nova persona aparece. Madonna sabe que não precisa mais agradar aos críticos para vender discos ou esgotar as suas turnês, assim como a Coca-Cola sabe que mudar o design do seu nome mataria o seu produto. Madonna é pop porque reflete o mundo ocidental em que vivemos. E cá entre nós: em recentes reportagens sobre economia, afirma-se que o império americano está decadente, mas Rodrigo Passos é seguro ao afirmar: “O poder que as celebridades internacionais, e principalmente as americanas exercem, remetem a todos o “american way of life” imposto depois da segunda guerra mundial, com os Estados Unidos invadindo o resto do Mundo com seus produtos industrializados, sua música e seu cinema para as massas. Cabe a cada um saber se determinado produto é bom para ser consumido ou não. Se é melhor dar mais atenção a cultura do próprio país ou a algo que veio de fora. Depende do quão cosmopolita você é. Depende de quanto sobre as suas raízes você quer revelar”.





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